sexta-feira, 21 de novembro de 2008


Foi lançado no dia 19/12, em Brasília, o Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2007, estudo elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz. O lançamento acontece na sede da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (Ritla), situado na SHS Q.06, Conj. A, Bloco C - Salas 1102 a 1108, Ed. Brasil XXI.

Este é o terceiro relatório sobre o assunto – os anteriores foram divulgados em 2003 e em 2005. Utilizando as bases de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE), do Subsistema de Informações de Mortalidade (Ministério da Saúde) e do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (MEC), o estudo elabora um amplo panorama da situação da juventude nas 27 Unidades da Federação.

A partir dessa análise, o Relatório propõe um indicador sintético das condições de vida da juventude denominado Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ). Para sua construção são usados critérios semelhantes aos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – educação, saúde e trabalho – adaptando-os de modo a contemplar questões específicas relacionadas aos jovens.

Desta forma, o IDJ foi integrado pelas seguintes dimensões: educação (taxas de analfabetismo, de jovens que freqüentam o Ensino Médio em diante e a qualidade do ensino); saúde (índices de mortalidade por causas violentas e causas internas); e renda, indicada pelo rendimento familiar per capita dos jovens nos estados brasileiros.

A pesquisa dedicou capítulos específicos a cada uma dessas dimensões, verificando a incidência de diversos aspectos, como gênero, cor/raça, rural/urbano para compor um extenso painel dos diversos avanços e limitações no desenvolvimento humano da juventude do país. Além desses capítulos permanentes, o Relatório de 2007 elaborou um adendo para analisar as relações da juventude brasileira com o universo digital, especificamente, com a Internet.

Algumas conclusões da pesquisa:

• No IDJ, os primeiros lugares corresponderam ao Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo, Os últimos lugares no índice correspondem a Alagoas, Pernambuco e Maranhão.

• Resultado de políticas nacionais de combate ao analfabetismo e, fundamentalmente, da recente universalização na cobertura do Ensino Fundamental, o analfabetismo juvenil dá sinais de desaparecer em curto prazo. Se em 1993 a taxa de analfabetos jovens era de 8,2%, em 2001 caiu para 4,2%; em 2003 para 3,4% e em 2006 para 2,4%. A região Nordeste concentra 2/3% dos jovens analfabetos do País e o analfabetismo é maior entre os negros (3,2%) do que entre brancos (1,4%), e entre os homens (3,2%) do que entre as mulheres.

• A partir das avaliações realizadas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), conclui-se que a qualidade do ensino vem sofrendo erosão contínua desde 1997, com taxas decrescentes de aproveitamento nas provas.

• Só 33% dos jovens tiveram acesso à Internet, taxa que pode ser considerada extremamente baixa se comparada com a dos países da Europa.

O lançamento do Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2007 é promovido pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA), o Instituto Sangari e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI)

Nenhum comentário: